O amor verdadeiro, o grande amor, o amor não é o que a sociedade reconhece e justifica; não representa um compromisso social e religioso. Ele deve brotar da alma para a alma e de alma para alma, sem tropeçar antes na toga de um juiz ou a batina de um padre, pedófilo ou não. Deve ter a espontaneidade dos aromas e a grandeza dos destinos. Fruto de um olhar, de um sorriso, semente de um beijo, o amor deve ser livre, espontâneo, natural, para ser grande, para ser puro, para ser amor! Ligar um ser a outro pelos laços, ridículamente fúnebres, de duas assinaturas abaixo de um nome é um compromisso estupidamente jurídicos e juridicamente autoritário. Deveria ser......quem sabe um crime? CC
14 de julho de 2010
8 de julho de 2010
Números
Sinto falta dos 19, quando sentava na praça com a viola e o vinho. Sinto falta dos 18 quando praceava de skate cima baixo. Falta muito mais dos 15 quando comia tudo, até quando não podia. 16 e 17 sinto mais ainda, mas deixa pra lá. 14 e 15 sinto falta da escola da saudade dos 10, 11 e 12 no qual o 13 foi o ponto alto. Hoje é outro. Não sinto muita falta entre o 5 e o 10, também não lembro muito, mas sinto falta do dog - ainda () sinto falta da goteira e da temporada na roça (goiabeira, mangueira, rio, fonte, mato). Sinto falta. Dos 3 (acredito recordar), 4 e 5 brincando na areia, soltando pipa (com papel de bala, queimado). Sinto falta. Bom mesmo e desesperador foi entre o 19 e o 21. No tempo senti de tudo, exceto falta de alguma coisa. Senti medo, nada, desejo, desejo, desejo, desejo. Desejei tudo que não tinha conseguido anteriormente. Mas desejei tanto que senti medo de desejar. Quase amei. No 22 e 23, amo, elouqueço, padeço. Sinto falta; de tudo que comi, tudo que andei, tudo que corri, mas só agora percebi que não tinha percebido nada, mas eu corri? comi? andei? Não sabia, mas agora sei. No 23 ¹/2 sinto falta de ter vivido tudo exatamente igualzinho de forma diferente.
Os anos se passaram.