3 de janeiro de 2011

A vizinha


Na porta do micro apartamento, com a chave prestes a ser virada Jonny vê a dois ou três apartamentos do seu uma garota recostada no vão da porta a observá-lo. Acenou com a cabeça encenando um comprimento informal. A moça então usando um longo vestido duas cores se dirige ao rapaz em sinuoso rebolar.
- Boa noite. Disse a garota.
- Boa noite... Deseja algo?
- É...
Interrompendo as reticências Jonny entoa um retórico convite:
- Estou prestes a assistir um filme, se assim desejar pode vê-lo comigo.
- Claro.
Girou-a e prestes a mergulhar as duas personagens dentro de um universo pouco amistoso aos normais, Jonny questiona a garota:
- Você sabe que não existe filme algum, não sabe? Em tons de piada.
- Sim. Mas você sabe como funcionam as coisas, ? Mulheres não podem se oferecer assim de cara. Temos que dissimular e fazer uma charmezinho às vezes.
- Percebi. Por isso a convidei a ver um filme, mas percebi que você não estava interessada em assistir nada, pois nem questionou nomes.
- É... e como eu estava sem nada pra fazer...
- Está bem. Pronta a penetrar no meu mundinho?
Mesmo antes de pensar em responder a porta jazia aberta. Jonny adentrou o ambiente segurando a porta esperando que a garota entrasse, coisa que ela não fez. Atrás do rapaz uma escuridão lúgubre envolvia o ambiente. Ele percebe o receio que a garota tem daquela escuridão. Estende à mão sorridente. A vizinha empresta-lhe às suas e segura às do rapaz que a puxa sutilmente ao encontro de seu corpo, na parte iluminada pelas luzes do corredor, abraçando-a e beijando-a ao pescoço.
- Espera aqui que vou ascender às luzes; Enquanto pronunciava estas palavras soltou uma das mãos da garota; mas foi bruscamente reprimido.
- Não. Disse a moça trazendo-o de volta ao encontro de seu corpo. Não precisa ascender às luzes; disse baixinho ao ouvido do rapaz.
- Não estava com medo do escuro?
- Não. Só cheguei a pensar por alguns instantes se você não seria um maníaco psicopata que dilaceraria meu corpo, depois transaria com meu cadáver. Respondeu a garota com ar de galhofa.
Ainda abraçados, Jonny percebeu o largo sorriso nos lábios da garota. Afastaram, então, os rostos, olharam-se no ambiente pouco iluminado e beijaram-se com tanto aperto e apresso que não parecia ser aquele o primeiro encontro erótico do casal. Enquanto trabalhavam naquele ato furtivo, a senhora do 37 transitava pelo corredor parando a observar àquela cena boquiaberta. O ato torna-se tão intenso que se esvaíram na escuridão do apartamento sem dar a mínima atenção a senhora que com certeza estaria divulgando o ocorrido no dia seguinte. Penetraram a escuridão tateando os poucos moveis de referência até encontrarem um local adequado – se é que existe –, para se confortarem. A vizinha então lambeu o pescoço dele e agora podia sentir seu cheiro de macho. E, em meio a leves gemidos e calafrios, Jonny comenta lascivo:
- Adoraria comer algo...
A garota abriu as pernas após esse comentário, revelando uma calcinha verde, tão pequena que mal escondia-lhe o sexo, tirou a calcinha lentamente de onde estava e manteve as pernas abertas exibindo-se para o rapaz boquiaberto, pondo o membro pra fora; naquela noite fizeram mais que transar... realizaram, pois, seus ardentes desejos de sexo; ela: com o rude e até misterioso Jonny, que a penetrava como um animal sedento; ele com a bela negra cor cuja beleza abria-se em voluptuoso desejo.
Interrompendo o coito abruptamente ela levanta-se... Jonny prende a respiração, ela ajeita a verde calcinha lentamente, ele solta a respiração de uma vez; ela olhou para ele lasciva, correu até o interruptor de luz da cozinha pouco iluminado por uma veneziana e o ascendeu, dando maior visibilidade ao local e a figura exaladora de hormônios masculinos; andou na sua direção, aproximou-se lentamente em movimentos sinuosos que iam sutilmente se transformando em uma dança de fogo. Desamarrou a sensual calcinha de um lado, arrancou o longo vestido duas cores e deixou o seio a mostra, eram um belo par de mamas com bicos rijos em leve amarronzado, ele sente o membro arder de tanto desejo, ela se aproxima mais e dança até o chão com a mão entre as pernas fazendo movimentos libidinosos. A atração era enorme, Jonny colocou a mão na cintura da vizinha apertou suavemente e a trouxe para junto dele, mas ela se afastou como se brincasse de presa e predador; aproveitou então para tirar o resto de roupa que cobria-lhe o corpo. Feito isso, percebia-se a respiração ofegante e os lábios se aproximando, o beijo foi suave e cheio de desejo. O ambiente vaporizado ficou quente e as mãos do rapaz deslizaram suavemente pela macia e negra pele, cheirosa e quente de sua vizinha.
Assim passaram a noite. Transaram, amaram, gozaram.
- Ainda quer comer algo? Questionou a moça carinhosamente; a resposta não veio.
Se abraçaram e dormiram confortáveis. A noite acabou num sono de desejo.
Acordaram no dia seguinte e, normalmente, levaram suas vidas.